25 outubro 2005

Apneia do sono - parte I

A apneia do sono atinge meio milhão Estado que faz dormir durante o dia, provoca mal-estar e dá origem a casos dramáticos A apneia do sono é a principal doença hipersónica (excesso de sonolência) e afecta pelo menos meio milhão de portugueses, na maior parte dos casos homens com mais de 40 anos. A apneia do sono "deriva de um estreitamento da faringe, que acontece durante o sono nocturno, quando há um relaxamento dos tecidos, o que provoca paragens respiratórias e impede a pessoa de dormir descansada", como explicou à Lusa, a directora da Clínica do Sono e especialista em pneumologia, Pilar Vasconcelos. Além da Clínica do Sono (unidade de saúde privada) a doença é também tratada em três hospitais de Lisboa: Pulido Valente, São José e Santa Maria. Fora de Lisboa, a apneia do sono só é tratada em Coimbra, no hospital de Covões, e no Hospital de São João do Porto. Acordar cansado e, como consequência, adormecer com muita facilidade ao longo do dia são os primeiros sinais da doença que, pode degenerar em situações perigosas como adormecer ao volante. Os sintomas vão sendo cada vez mais evidentes. Começam por "ressonar no chão e ouvir-se no quinto andar, urinar demasiado, ter crises de sufocação e chegam à impotência sexual", esclareceu Pilar Vasconcelos. Segundo a especialista, uma das primeiras a tratar a doença em Portugal, "existe uma predisposição genética para a apneia do sono, mas os fumadores e as pessoas com excesso de peso, especialmente as hipotiróidicas, estão mais expostas. Os doentes são na maioria homens de 40 anos em diante, embora as mulheres fiquem vulneráveis à doença após a menopausa", concluiu. As para-sónias Ainda pouco conhecida, é também, outra categoria das patologias do sono, as para-sónias, ou perturbações anormais que ocorrem durante o sono, como bruxismos, (ranger de dentes), urinar na cama, ter pesadelos consecutivos e erecções de pénis. As crianças são quem mais padecem desta doença, que está relacionada com factores psicológicos e genéticos. A hereditariedade é também a principal causa da insónia, que afecta sobretudo mulheres entre os 30 e os 40 anos emocionalmente instáveis. Muito prejudicial à saúde é a inversão do sono, não ter horas certas para dormir, ou deitar-se sempre após a uma da madrugada, porque se interrompe o ciclo biológico e é entre a uma e as três da manhã que se produzem substâncias como a melatonina, essenciais a um sono reparador. A Apnéia/Hipopnéia é definida como interrupção/diminuição do fluxo aéreo (respiração) que leva a queda do oxigénio no sangue e a despertares. Genericamente existem três tipos de Apnéias: - Apnéia obstrutiva: quando o fluxo de ar é interrompido e a pessoa apresenta um esforço inspiratório que interrompe o sono. - Apnéia Central: em que não ocorre fluxo nem esforço expiratório. - Apnéia Mista: onde ocorre a combinação das duas apnéias (inicialmente Apnéia Central seguida por esforços expiratórios sem fluxo. Geralmente estes eventos duram mais que 10 segundos a são considerados anormais quando ultrapassam a frequência de 5/hora. A Apnéia pode ser um distúrbio provocado por alterações anatómicas e a diminuição de actividade dos músculos dilatadores da faringe. Dentre as alterações anatómicas podem estar o aumento das adenóides e amígdalas - factores principais de distúrbios na infância. Em adultos uma pequena parte pode ter comprometimento anatómico óbvio como pólipos nasais e anormalidades cranioencefálicas (do crânio ou do cérebro). A obesidade é um factor importante, agravando o quadro da apnéia. Essas alterações levam ao estreitamento das vias respiratórias superiores gerando as Apnéias. No caso da Apnéia Obstrutiva os sintomas mais frequentes são: histórico de ronco alto, interrompido por paradas respiratórias durante o sono (observadas por quem convive com a pessoa) a hiper sonolência diurna. Também podem ocorrer: sono agitado, noctúria, alterações de memória e raciocínio a impotência sexual. A Apnéia Central, em contraste com a Apnéia Obstrutiva, geralmente aparece em pessoas que não são obesas, sendo frequentemente associada a Insuficiência Cardíaca Congestiva. Tratamento: Existem várias técnicas que são aplicadas nos tratamentos das Apnéias, variando conforme o caso: 1- Higiene do sono e emagrecimento 2- Aparelhos de pressão positiva 3- Tratamento medicamentoso 4- Tratamento com aparelhos intra-oral 5- Tratamento cirúrgico.

1 Comments:

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